Thursday, February 09, 2006

A CASA VELHA

Olha só a casa velha com suas paredes humidas, ficou tão para traz que mal podia reconhecer seu jardim florido e sua rosas sem espinhos. Vejam voces como é a vida, vejam voces o morador da casa velha sentado na calçada chorando, da pena, ele é triste pois deixou a casa ficar velha.
Que coisa os vizinhos parecem não se importar, nem pedem mais nada emprestado, só ficam a olhar a casa velha e seus olhos são de espanto e temor, temem por suas casas novas que nem a chuva pode molhar...e dizem uns para os outros, "como pode ter ficado assim essa casa tão linda?".
Não havia guerra nem tremores de terra, não havia vento nem contra tempos, não havia mal nem nada anormal, mas ficou velha a casa velha e está para cair.
Sigo minha rua sentido minha casa, deixo para traz o homem a chorar, se lamentando pelo que não pode dar, sinceridade foi cara e não pode pagar. Sigo pensativo refletindo sobre a cena, quem me dera um poema colocado no papel, me tire do peito a pena...e deixe-nos prontos e a espera, para entrar na casa velha.

FAZ FALTA...

Vou arrancar meu coraçao para não sentir amor, quero joga-lo ao chao e com meu pé esquerdo acabar . Um só golpe e todas as lembranças acabam, todas as mentiras não ditas e as promessas não cumpridas, tudo se vai com se nunca tivesse vindo...facil e simples, dolorido mas eficiente.
Faz tanto calor e o quarto parece menor que o normal, as paredes me esmagam e não tenho janelas, não sei se é dia ou noite, mau sei em que ano estamos...aja vida ou não, importa?
Faz falta os dias passados, as noites sem dormir conversando sobre a vida...musica e rizadas, juras de amor para uma pessoa longe, tão longe. Sua voz era doce, seu jeito meigo e simples me faziam sonhar com melhores tempos e me fizeram esquecer que amar dói tanto, mas me lembrei agora.
Faz falta sonhar, faz muita falta sonhar com uma utopia, pensar do possivel impossivel de duas pessoas se encontrarem e de uma certa forma voltar se se ver depois de tempos, depois que saimos do céu e cruelmemte separados tomamos rumos opostos.
Faz falta uma noite de chuva sem lua...e de esperar por uma vida.

Wednesday, February 01, 2006

CONTAGEM

Um, dois...tres...
Tempo cruel salvador da dor, remedio da magoa e do leve amor!
Quatro, cinco...seis...
Relogio velho fregues da minha raiva intensa por esperar voce!
Sete, oito...nove...
Meus dias vazios e frios, sem nada e sem amor, por favor conte meu tempo!
Dez...agora tudo é só variação de uma mesma ação, dias espelhados...mas quem é o reflexo?

NECTAR

Voce vem e me pega ja pronta para jogar fora, me distraio com suas brincadeiras sob meu corpo...e a brisa leve pede um lençol, minha recusa em te cobrir é como uma luta para ver o sol sendo cego.
Como palhaço que sou te faço rir, de mim e comigo, nada mais faz diferença em um mundo nosso e tão particular, uma lona pequena cobre uma cama e nesse circo morro e morro...minha luz é voce e meu nectar vem da sua boca.
Nessa noite recem chegada sou noivo da lua e cansado de gritar e uivar como cão sou atendido, brilha sobre mim a luz dos seu dentes refletidos, e cego de paixão me deixo levar por um rosto de colombina.
Pobre homem louco e fraco no que se diz da carne, pecador e vulgarmente sonhador caminho ate voce todos os dias, e nas ruas onde piso deixo lagrimas e lembranças...se sou eu ou fui um dia morrendo me descubro de novo, e morro e morro por voce.
Vem um passaro na janela fechada querendo entrar, mas tenho ciúmes de voce e não vou abrir...sou ciúmes e faço disso minha arma, quem canta pra ti sou eu e quem voa ate voce sou eu!
Sua boca vem meu nectar, meu veneno diario de luxuria e desejo...puro e magico, desliza pela minha lingua amargando a garganta de tão doce...deixa-me louco como absinto, perdido no seu corpo liso...minha mulhar perfeita!