Sunday, November 26, 2006

ESQUINAS

O velho caminha lentamente com um jornal passado embaixo do braço, sua preocupação nesse dia é somente se vai conseguir chegar em casa de novo. Ele olha a seu redor e contempla novas vidas, juventude que a muito tempo ficou para traz, ñ tem nada que os jovens que ele via, tivessem feito que ele proprio já não tenha feito.
O predios do bairro ja estaõ sem pinturas, com uma cor estranha que salta aos olhos, arvores quase sem folhas tapam uma visão torta do que é a vida. Gente conversando nas esquinas , falando da vida alheia, de futebol ou mulheres, quase que um assunto uniforme. Uma fumaça de churrasco, cerveja gelada e risadas altas e divertidas, assim são as esquinas.
Sentei na calçada e fiqui a observar as coisas, via o muleque machucando o dedo no asfalto atraz de bola, via a menina moça descendo a rua rebolando, e os garotos paravam o grande classico para ver ela na passarela negra que só descia carros cheio de massas, batidos, ou hora ou outras um carro novo , de quem venceu ou convenceu alguem, para te-lo.
Era assim os dias, musicas altas, as vezes brigas engraçadas....brigas serias.
Mas depois chegava a noite, e td mudava...tudo mudava da mais triste forma.

Thursday, November 23, 2006

DOR CONTÍNUA

Não consigo entender a vida, nem as pessoas, por mais que eu tente tudo é muito complexo. Eu não sou tão novo assim, e pensava que o entendimento de todas as coisas vinham com o passar dos anos, muito pelo contrario, cada vez mais todo esse misterio aumenta, e me faz cada dia que acordo procurar uma só coisa, saber o que se passa em minha volta, saber os destinos e as razões.
Tudo é tão louco, tão fútil. Desde as bebedeiras homericas nas noites mal dormidas, até uma tarde sossegada em casa vendo filmes. Sem sentido, sem razão.
Quando estou só, reclamo para mim da solidão, quando estou com alguem, que no dia seguinte não me esforce para lembrar o nome, peço solidão. A felicidade saõ segundos de um dia cheio de sentimentos misturados, milhares deles.
Muitas vezes tenho a mesma impressão que um amigo meu teve a algum tempo atráz, que quando voce vira as costas, o mundo que deixou para traz simplesmente para, fica quieto, esperando uma açao sua. Egocentrismo, mesmo nem sabendo se existe essa palavra, pode ser que seja isso, mas é de se parar para pensar, que o mundo e as pessoas a sua volta, só são vivas e andantes, quando voce da a minima atençao necessaria.
É...viagem..maluquice, mas é pensando e levando em conta todas as possibilidades que sigo a vida tentando descobrir o verdadeiro motivo de tudo isso...o porque da felicidade ser somente um alivio para a dor contínua do dia a dia.

Monday, November 13, 2006

ALÍVIO

Todos so olhares do mundo se vão e posso voar, livre de tudo, tenho paz. As cortinas formam uma dança tão bonita enquanto o vento bate do meu peito.
Alívio de não sentir dor, como um gelo vou derretendo e minha alma sa vai aos poucos!
Todas as luzes do mundo de apagaram...e eu não sinto a minima falta.

ALÍVIO

Todos so olhares do mundo se vão e posso voar, livre de tudo, tenho paz. As cortinas formam uma dança tão bonita enquanto o vento bate do meu peito.
Alívio de não sentir dor, como um gelo vou derretendo e minha alma sa vai aos poucos!
Todas as luzes do mundo de apagaram...e eu não sinto a minima falta.

Sunday, October 29, 2006

O PRIMEIRO

Depois de amores, paixões e quase amor, me vem a cabeça uma cuiriosidade infantil. Por onde anda meu primeiro amor, a primeira grande paixão, sabe aquela do frio na barriga?
Será que esta muito longe, casada, com filhos e muito feliz, com sua vida normal que sempre sonhou?
Desejo que sim, e não me imporo em saber que ela não esta comigo, ne verdade fico feliz por isso, seria insuportavel nossas vidas, as diferenças eram claras e nossa separaçao e perda total de contato foi a melhor coisa, é estranho como não existe nem a amizade. Entao esse papo que todo mundo escuta, "a amizade continua", é na verdade uma grande mentira, pura besteira.
Eramos agua e óleo, mas o amor esconde tantas coisas. Ela era exatamente o oposto de mim, detestava bagunça, odiava palavrões e com certeza seria contra a vida que levo hoje, não imagino ela vendo um show meu, ou aguentando ensaios cansativos ao meu lado, muito menos noites e noites de muito alcool e ...bom deixa o resto pra lá!!
Mas tinha suas virtudes, na verdade eram muitas, o fato de não se parecer comigo a tornou exatamente a mulher que todos sonham, eu não sou o melhor exemplo de como se leva a vida, mas ela sim, sua meiguice e sencibilidade afloravam a qualquer olhar, sua beleza notavel me fazia morrer de ciumes, e sua extrema força de seduçao me deixava sem forças para lutar, me entregava a ela e a seus lençois perfumados, com um só olhar!
Mas em uma tarde de um ano que passou muito rapido, tudo terminou, de uma forma estranha, pensava-mos que seria só mais uma separaçao pra depois uma volta emocionante, mas na verdade foi a ultima vez, não tinhamos motivos para voltar, e finalmente o amor tinha acabado.
Enfim, hoje torço pra ela ter achado o cara perfeito, sua alma gemea, o cara que não fala palavrões e muito menos toque guitarra ou qulquer coisa que faça barulho. Espero que ela viva o que sempre sonhou, ter uma familia e viver normalmente com uma pessoa que acorda as seis e va dormir as vinte e duas horas, eu não consiguiria acordar na hora que vou dormir.
Eu estou aqui, o amor passou há tempos e depois desse veio outro amor e outro e com certeza virá um novo, e estou pronto pra viver, pois na vida temos de viver..nada mais que isso, simplemente viver!

Wednesday, October 18, 2006

ROSA PISADA, DOR ANUNCIADA

Hoje sem querer pisei em uma rosa, e os espinhos feriram meu pé, me virei para ver e percebi que a rosa já tinha sido pisada antes, entao senti ciumes. Ouvi uma musica antiga e chata tocar no radio, percebi que o tempo passa, pois a dois segundos atráz a canção nem era tão chata assim.
Resolvi lembrar pelas fotos como era a vida antes, decepção foi saber que a vida sempre foi assim, nem que tentemos mudar,a vida é imutável, talvez consigamos maquiar os dias e disfarçar os anos, mas a vida em sí nunca muda.
Meus caminhos ainda são os mesmos, e as ruas só brotaram mais casas, porem nunca consigo me perder, quem me dera errar uma viela e entrar por onde nunca fui.
Nos jornais, as noticias velhas se tornam machetes, na televisão o sangue continua a jorrar, e nas pessoas nas ruas, a mecanica do automatico, a inércia temperada com cequeira e a absurda falta de vontade de não sermos totalmente sem vontade própria.
Parece contradiçao? Na verdade é isso mesmo, mas ninguem percebe , não percebemos nem os dias passarem, nos perguntamos sempre com uma falsa supresa.."nossa como a semana passou rápido!?"...
A rosa que pisei, outro ja pisou, e mesmo assim estava lá para ser pisada. Ninguem lembra do seu perfume e muito muito menos de qual roseira saiu, porem o chão é algo que só vemos quando não temos mais para onde olhar...então baixamos a cabeça como gados e fingimos tristeza e desolamento, falso como cristal que não canta.
Como disse outro, outrora, povo marcado...
Eu me incluo no mundo que vivemos, me incluo com culpa e remorso de não ter varrido meu quintal, talvez assim não pisaria na rosa, ou entao, saberia ao menos que ela tinha espinhos. Mas depois que pisei, soube enfim, só nos importamos quando a dor é na gente...

SOBRE O QUE?

Programas me dizem o que fazer, a televisão ligada só para quebrar o silêncio da noite. Lá fora um ruído de chuva, mas chuva pouca, nem vale a pena fechar a janela, gosto de sentir a brisa da noite.
Passam os segundos, minutos e horas e estou parado, olhando a luz quem vem do monitor, pensando o que escrever para sanar esse vicío, meus dedos sem nexo bailam e escrevem coisas sem sentido algum, é muita tarde para as cordas no vilão gritarem sentimento, então continuo escrevendo, me viciando em palavras e frases incertas.
Se pudesse escreveria um livro, mas não tenho suficiente imaginação para isso, além do mais sobre o que seria esse livro?
Todos os livros já foram escritos, e acho que ninguem pararia para ler sobre um assunto que com certeza já escreveram. Então prefiro escrever e escrever...montar imagens e lembranças, escrever para que alguem possa ler e voltar no tempo, ou mesmo sentir que escrevo com um destino, para quem ler.

Tuesday, October 10, 2006

NÓS

Espero que um dia possamos viver plenamente os sonhos construidos com base de areia...que as ondas passem e não destrua nossos castelos frageis e sem muros altos.
Espero que um dia possamos acordar e viver nossos defeitos e virtudes sem tentar corrigir a todo momento nossas vidas.
Somos um grão, somos raizes de uma arvore não plantada..somos nós.

Monday, October 09, 2006

SOBRINHO DA MINHA TIA

Nas mais belas paisagens do mais belo céu, alguem olha por mim....
Tem olhar meigo, voz suave e entendimento de quem por toda vida entendeu a todos. Caminhou pela terra com a cabeça em pé, sofreu na pele a tristeza de que ousa viver a vida, lutou por tudo que julgava justo e nunca foi derrotada.
Hoje sou homem feito, em minhas lembranças mais claras de infancia sua imagem salta aos olhos, escutei palvras de consolo, palavras de orgulho, palavras de amor e conselhos que nunca, nem que eu tente, esquecerei...me mostrou o caminho bom, a rua sem buracos,me deu asas e abriu meus olhos, brigou comigo pr eu ter feito besteira, porem entendeu, nunca duvidou quando eu realmente falava a verdade, afinal era impossivel mentir pra ela, seu olhos não deixavam. Tinha um olhar que dizia.."Exijo a verdade..."
Quando fecho meus olhos, para pensar em coisas boas, lembro de uma senhora com vestido florido em uma cozinha, separando feijão, soprando o leite quente pra não queimar-mos a boca, contando historias de familia, olhando meus cadernos escolares...me defendendo das pessoas que duvidavam do meu carater.
Ela na terra, viveu se casou teve filhos, lutou e criou uma familia...sofreu e se levantou, venceu quando queria vencer, ficou doente e mesmo assim continuou lutando.
Não existe pessoas no mundo que tiveram um contato com ela que não lembre da sua força, da sua coragem de enfrentar a tudo, aos problemas mais dificeis ela simplesmente descobria a soluçao, não com magica, mas com verdade e sem um pingo de medo, não teve medo nem da morte, as vezes acho que a morte nunca teve uma adversaria tão forte.
E hoje quando penso em tudo que ela me fez, me bate um arrependimento de não ter falado oque deveria ser falado. Motivos não sei bem, talvez meu jeito de ser, mas tenho certeza que ela soube, porque algumas coisas não precisam ser ditas para serem sentidas.
Por isso, nas mais belas paisagens do mais belo céu, espero que ela me escute...pois não preciso gritar, basta pensar ou falar baixinho...."Tia Cida,obrigado..."

GAROA

Nas calmarias de mares antes tempestuosos me criei, ouvindo rezas e juras cheias de lagrimas eu cresci. Via o mundo sem entender, sua voltas e reviravoltas sem nexo me faziam vomitar, sentindo o gosto da amargura, dosei saudades com sonhos antigos.
Finalmene subi as escadas que me lavaram a um beco sem saida, que beco tem saida?
Palavras curtas, entendidas ao acaso, jogadas aos ventos e molhadas pela chuva. Disse e gritei, escrevi e apaguei depois, manchei maquiagens e borrei seu batom, me arrependi pelo não dito e disse depois o que depois me arrependi.
Vivo a vida como se bebe um vinho barato, doce na boca e amargo na alma, disfarço minhas alegrias para não quebrarem meu escudo arranhado. Caminho por aí, sem saber em qual esquina meus passos me levam.
Nas ondas nervosas de um mar antes tão calmo viverei, esperando marés e cantando para lua, curtindo a garoa que prevê a chuva, e que ela bata na janela fazendo musica para eu dormir.

Wednesday, September 27, 2006

AS NOVAS VELHAS RUAS

Certa vez eu andava pela rua e vi um menino, tinha seus onze ou doze anos de idade, pés no chao e com roupa suja. Ele tinha em seu olhar uma coisa que não sabia muito o que era, um certo ar de alegria, um certo ar de esperança.
Não contente com minha curiosides persistente, cheguei meio sem graça e perguntei:
"Onde voce mora menino?"
"Moro por aqui, perto dalí"
"E o que faz aqui nesse frio?"
"Moro aqui, minha casa é gelada, mas me esquento nestas grades do chao, as vezes solta uma ventania que serve de coberta"
" E se chove?"
" Aí me complico, tenho de ir pra lí"
"Mas se chove aqui, chove alí tambem"
"Mas alí tem cobertura, passa onibus e joga agua, mas se eu for esperto me esquivo e saio seco"
"Hum, esperto logo ví que você é, mas quando come?"
"Como o que não querem mais, se a gula despreza meio pão, minha fome agradece...vezes outra um senhor gordo me paga almoço, mas se vem segunda, terça me viro nas esquinas."
"Trabalha nas esquinas, faz o que?"
"Limpo carros, vendo doce, apesar que anda ruim esses dias"
" E escola, sabe ler?"
" Sei não, mas sei contar."
"Me da pena, vendo voce me sinto mal"
" Ora! Que papo de mentira, olha pra mim porque entao se ninguem olha?"
"Sei lá, voce passou pelas minhas vistas"
" Bem sei disso, ontem mesmo te pedi trocado e quase que me passou por cima, pressa mata seu coitado"
"Coitado? Que coisa é essa? Estranho vindo de voce!"
"Eu sou assim, mas sou novo e tenho forças, mas voce ja passa da idade, e como vejo que sempre passa por aqui sosinho, dia a dia, tenho dito...coitado sim"
"E voce não esta sosinho??"
" Estar sosinho é uma coisa, ser sosinho é outra"
" Que lorota é essa de voce não estudar, como fala coisa dessas e nem mesmo sabe ler"
"leio com os ouvidos, e escuto muitas coisas, quem não pode voar, ao menos tem de andar com equilibrio"
"Mas que diabos!! Quantos anos tem"
"Quantos anos me dá"
"Sei lá, onze pra doze"
" Que seja isso, não sem quando nasci, só sei o que minha mãe me disse, que quando nasci, nasci pra ser livre"
" E sua mãe onde esta?"
"Tá com Deus, Deus quis ter mãe tambem, e entendi, tinha de ser a melhor mãe do mundo, e que outra mão seria entao?"
"E seu pai?"
"Ah, meu pai sei não senhor!"
"Toma aqui um trocado, pra comida viu moleque!"
"Obrigado, mas pra que seria entao?"
"Ah bem vejo por aqui alguns cheirando cola"
"Isso é verdade, mas se fosse eu aí sim estaria sosinho"
"Olha aqui, me vejo espantado, suas palavras sao estranhas pra alguem como voce!"
"Como sabe disso se nunca falou comigo antes, alguem como eu pode dizer coisas que alguem como voce não posso ouvir"
"Tude bem, meu relogio me lembrou, pego de conversa e minha hora se passou"
"Vai com Deus"
"Voce tambem, naõ fica sosinho por aí"
" Eu Tô naõ senhor, você que tá"

No outro dia no mesmo horario, passei pela rua e ele não estava mais lá, no chão, nas grades do metrô um cobertor velho e um bilhete..." A quem interessar, fui ver minha mãe, não aquentei saudades...."

"Anjos aparecem vestidos de carde e osso, sem asas e com roupas velhas, eles indicam o caminho e se nossa cegueira permitir, vemos uma nova rua onde essa mesma rua nos pareceu um dia tão velha"
Ser nomal é alguma coisa que nunca fui, não sei o que é dormir na hora certa, ou acordar antes do sol nascer, porém o que é normal? Usar jeans com tenis, trabalhar a semana toda e ir ao cinema nos sabados, pipocas com dvd aos domingos?
Rótulos e mais rótulos, somos como mercadorias com nossos codigos de barra, em uma imensa prateleira desse mercado que se chama mundo, estou cansado disso. Essa rotina cruel nos martela sem misericordia dizendo.."acorde, respire, ande, fale, durma!
Mas se não sou normal, o que sou então? O que é o oposto da normalidade?
Ser polemico talvez não seja normal, vestir-se fora das regras talvez não seja normal, mas se hoje em dia todos são polemicos e todos seguem suas proprias regras, caimos de novo na rotina!
Estamos em um beco sem saida, sem portas ou janelas, sem perigo de fuga para os que nos prendem, nós mesmos. Paramos de pensar, muito menos perguntamos o porque, simplesmente seguimos as correntezas, todos os dias...regras e regras, baixamos a cabeça e não duvidamos de ordens que nos são dadas, pule no poço..."sim senhor".
Será que existe um meio termo, ou um meio de quebrar-mos as as correntes que aos poucos nos prendem, dia a dia?
Não sei, só sei que caminhamos para um lugar onde não passaremos de simples robôs, programados para não pensar, ou simplesmente sem a capacidade de perguntar uma só palavra..."porque?"

Sunday, August 20, 2006

SERIA ASSIM TÃO FACIL?

Quem me dera fechar os olhos e acordar outra pessoa, e assim me procurar no mundo e dizer assim pra mim;
"Ei lembre-se de quem você é, e volte a ser a pessoa que matou!"

ÉPICO

Caminhei por entre larvas de vulcões ativos e não me queimei
Olhei o sol de frente sem medo e não fiquei cego...
Voei muitas vezes sobre a terra, e minhas asas não se cansaram
Sequei copos, me embebedei mas não mostrei fraqueza!

Escrevi com pena seca e mesmo assim pude ler depois
Imaginei uma vida feliz e senti saudades do desconhecido
Chorei com poesias e dancei com musicas felizes, mas acordei
Ví de longe olhos de lagrimas e senti amor, mas não amei!

Vivi e vivo sempre, sem saber onde meu passo me leva
Descobri segredos profundos sem ter para quem contar
Batalhei contra dragões e mesmo ferido venci a guerra
E ao meu lado esquerdo não tenho mais ninguem!

Vejo minha face transformar-se em face calma
A inércia desse vida me transtorna à gota d'agua
faço poeira quando ando e pegadas em corações
Deixo para tráz minhas lembranças e pego escudo para lutar!

Mas sinto medo desse fim, tenho pena de mim por você
Por onde andas sem meu corpo e minha alma?
O que domina sua mente que tambem é meu espirito?
Quero voltar para mim de novo e deixar de sentir minha falta!

E foi assim que finalmente perdi...

Monday, August 07, 2006

CONTROLE VOCÊ TAMBEM O PIERROT MARIONETE

Nossa que conforto, não posso querer mais nada alem disso, pois não penso por mim e não sou dono de nada, ando por aí, como todos querem, e ando com vendas por que não posso olhar o que não posso ter.
Sinto os cordões em meus braços me apertarem, mas nem ligo, marionete não tem desejo, só dança para provocar rizos, sou feliz assim, danço, pulo, conto piadas...Mas não piadas fortes, porque assim podem me censurarem.
Mas as vezes rapaz, eu sinto...É uma coisa estranha mas dentro de mim eu sinto, não sei bem o que é isso, mas é bom. E tenho cuidado porque podariam-me de novo, digo de novo porque na ultima vez que senti, criou-se uma lagrima tatuada bem debaixo do meu olho esquerdo, e ela fica lá, como uma sinal, como se marca gado sabe...pois é...triste né?
Mesmo que seja triste, eu não sei o que é tristeza..na verdade ninguem sabe, sentimos uma fraçao de tristeza, porque tristeza mesmo sente quem ama, e eu não amo, se amo não sei....Amor é uma coisa misterisosa para um marionete, quando os cordões afrouxam um pouco acho que amo, mas se me deixa muito tempo solto sinto falta do ciumes.
Deixe-me ir agora, tenho muitas coisas a fazer ainda, entrar em contradiçao é muito facil para mim, pois não posso ser condenado por nada, faço o que mandam e gosto disso, o que sentia a pouco passou, olhei agora no espelho e vi minha lagrima me chamar.

O MUNDO CHEIRA A POLVORA

Sentindo no ar um leve cheiro de esperança, me perco em pensamentos insanos de quem não faz nada para se ter esperanças...
Muros quebrados e crianças correndo em desespero, vi um homen carregar no colo sua filha morta por um estrondo seguindo se sangue e dor..dor..dor..e escuro, poeira de ruínas que outrora foi lar, um lar quebrado, mas agora ruínas.
Em nome do santo, em nome do pai...quem filhos matam por segueira religiosa, que filho se mata alem de um filho que não tem pai, não sou filho desse pai, sou filho de outro pai...
Pai na justiça e da paz, pai da calma e paciencia...pai de quem quer sossego e seus filhos vivos...o Pai.
Vi uma rosa tao vermelha e linda que seu contraste com todo cenario, me fez sentir pena de mim...ah coitado de mim que não sei o que é paz e fico aqui deitado na cama esperando o mundo explodir, meu travesseiro é meu amigo e meu cobertor minha fuga e esconderijo.
Bombas e bombas nos cobrem, o ar pesado e funebre precede outra explosao e outras mortes, outras...e outras...!
Mas continuaremos aqui, deitados pensando na desculpa que vamos dar pela falta no trabalho, tudo perde os sentidos, tudo é fútil e banal, mais um corpo decapitado, e daí?
Vamos comemorar e beber até cair, vamos dar rizadas e contar mentiras, vamos dançar até o sol rair e esquecer que estamos no fim...
Talvez assim possamos fingir não saber que fazemos parte desse mundo dividido e cruel, mundo podre, passado e caído ao chao. Esperança...sim ainda sinto o cheiro, mas a polvora deixa no seu rastro um odor de tristeza e desanimo, falta-me forças para tentar mudar.
Vamos para casa, hoje vai passar um filme bom de noite, esqueçamos que a cada segundo caimos em um abismo sem fim, entramos em um tunel sem "outro lado"...
É...vamos fazer isso, afinal embaixo da minha cama não existe guerra, e lá não sou covarde..ah..deixá pra lá, vai começar o filme.

Wednesday, July 26, 2006

AS AVENTURAS DE QUEM NUNCA SENTIU

Você é minha fuga, minha alma e minha coragem...mas você não liga
És minha vida, meu tormento e minha ferida...mas você não percebe
Ouço sua voz e caminho sosinho pelos campos molhados da minha mente,
Percorro estradas velhas, e mesmo assim voce some...

Não sei mais o que fazer e nem se desmancho minhas malas pesadas
Sou como passaro molhado e ferido, lutando pra viver e me perco
Já não sei voar, já não sei viver sem voce e respiro com dificuldades
Não vou mais ficar aqui pra sempre, preciso aprender e aprender!

QUE COISA...

Muitas vezes eu percebi que o mundo girava, tentei pular dessa loucura mas tive medo de cair no espaço. Foi entao que de um sonho acordei, nossa que coisa, queria não ter acordado.
Exitia um grande muro, e tijolos resistentes, existia uma homem que sempre me lembrava de quem eu era me jogando na cara meus defeitos. Eu acordei no exato momento em que me rebelava contra isso.
Simplemente sentei no chão e fiquei parado enquanto o mundo continuava a girar...

Saturday, June 10, 2006

VÍCIO

Corre em minhas veias um vício, ele me suga o tempo todo, me transforma em algo que não sou. Fico acordado de noite andando pelo quarto apertado que é meu mais novo amigo, deito no chão pra sentir o gelado no meu corpo, sossego...paz.
O suor escorre como se fossem agua corrente jorrada de um rio sujo, poluido, que nem mesmo os loucos ousam entrar. Rio que não refresca, não dá peixe e não permite navega-lo.
Pesadelos terriveis, sonhos tristes e calor, muito calor. Me poupo de pensar, vivo inerte frente ao escuro da minha alma, meu vício me consome, tem meu corpo, tem, minha vida e meu pensamento. Sou mal, me machuco muitas vezes para poder ter a certeza que continuo vivo, quando percebo que ainda ando pelo mundo, eu choro.
Ontem saí correndo pela rua como um louco, acordei em um beco esfumaçado de um bairro qualquer, marcas de batons pelo meu corpo me jogava na cara minha culpa, minhas duvidas e meus crimes. Eram pensamentos terriveis, monstros se criavam a meu redor, sem controle e furiosos, comendo o concreto em que me apoiava, levando de mim minha amada, levando para longe meus carinhos e me fazendo esquecer que um dia fui bom, um dia amei e um dia sonhei em sonhar em paz.
Mas tinha o vicio, e ele corria a mais de cem pelas minhas veias, como que flutuando vivia meus dias, olhando no relogio, angustiado com a ideia de o tempo ser tão lento.
Queria que parasse, tudo, queria de repente ser só um movel de uma casa, ou um gelo que se derrrete e escorre pela pia, ou absolvido pelo alcool. Queria que tudo voltasse, que você voltasse, queria que meu vício parasse.
Já não tenho mais vontade, uma palavra certa não é sou, mas sim, era...

ESCONDERIJO

Eu estava tão longe, estava gostando de estar alí. Por muito tempo duvidei da felicidade e colocava em prova o destino com suas armadilhas.
Era um lugar bonito e calmo, suasmontanhas elevadas aos céus não tinham igual em qualquer outra parte que me lembro. Não havia barulho, nem mesmo uma unica voz, nem mesmo sons de passaros ou qualquer outro animal...não havia nada, nada.
Eu estava sentado em uma pedra pequena observando o mundo a minha frente, mostrei medo de voltar, chorei até não ter mais lagrimas, porem depois de dias a fio sem pensar, parei.
Chovia, as gotas eram como flexas no meu corpo. As nuvens que se formaram no ceú desenhavam a silhueta de um rosto de mulher, eu observava com tristeza e melancolia a cena, voltei a chorar.
Esta só...nem mesmo comigo eu estava. Precisava de alguem, falar, gritar e sentir, nem que fosse dor. Jurei aos céus nunca mais viver isso, porem muitas vezes não cumpro minhas juras, foi então que desisti, nesse exato momento, de novo, parei.
Estou só de novo, completamente só...

Wednesday, June 07, 2006

Cercas humidas

Cresci vendo gigantes lutarem ao redor de foqueiras, diziam uns para os outros que nada podiam derruba-los. Mentiram descaradamente jurando fidelidades e prometendo viagens e aventuras espetaculares.
Cresci aprendedendo a ver o tempo passar, sentindo brisas e ventos fortes, curtindo cama ou dormindo ao relento. Viví meio que suspenso,meio que transparente...longe de mim, longe de tí!
Cresci por mim, minhas pernas correram e minhas mãos acariciaram, meus dedos tocaram e minha boca sentiu gosto, amargo e doce, frio e quente, porém sou morno, feito de ferro fundido, trancado para fora de casa em noite de frio.
De repente parei de crescer, vi o mundo me engolir e me vomitar como comida estragada, felicidade passageira e tristeza infinita, fui pequeno, medio e grande, mas agora sou um reflexo de uma sombra, expulsa e crua.
Morri, frio e escuro, lagrimas jogadas fora de mulheres que não se lembram de mim e nem do meu rosto magoado. Canalha que sou disfarcei-me de morto, não esperando de verdade morrer, mas morri e agora estou aqui.
Eu parei de crescer...

Thursday, February 09, 2006

A CASA VELHA

Olha só a casa velha com suas paredes humidas, ficou tão para traz que mal podia reconhecer seu jardim florido e sua rosas sem espinhos. Vejam voces como é a vida, vejam voces o morador da casa velha sentado na calçada chorando, da pena, ele é triste pois deixou a casa ficar velha.
Que coisa os vizinhos parecem não se importar, nem pedem mais nada emprestado, só ficam a olhar a casa velha e seus olhos são de espanto e temor, temem por suas casas novas que nem a chuva pode molhar...e dizem uns para os outros, "como pode ter ficado assim essa casa tão linda?".
Não havia guerra nem tremores de terra, não havia vento nem contra tempos, não havia mal nem nada anormal, mas ficou velha a casa velha e está para cair.
Sigo minha rua sentido minha casa, deixo para traz o homem a chorar, se lamentando pelo que não pode dar, sinceridade foi cara e não pode pagar. Sigo pensativo refletindo sobre a cena, quem me dera um poema colocado no papel, me tire do peito a pena...e deixe-nos prontos e a espera, para entrar na casa velha.

FAZ FALTA...

Vou arrancar meu coraçao para não sentir amor, quero joga-lo ao chao e com meu pé esquerdo acabar . Um só golpe e todas as lembranças acabam, todas as mentiras não ditas e as promessas não cumpridas, tudo se vai com se nunca tivesse vindo...facil e simples, dolorido mas eficiente.
Faz tanto calor e o quarto parece menor que o normal, as paredes me esmagam e não tenho janelas, não sei se é dia ou noite, mau sei em que ano estamos...aja vida ou não, importa?
Faz falta os dias passados, as noites sem dormir conversando sobre a vida...musica e rizadas, juras de amor para uma pessoa longe, tão longe. Sua voz era doce, seu jeito meigo e simples me faziam sonhar com melhores tempos e me fizeram esquecer que amar dói tanto, mas me lembrei agora.
Faz falta sonhar, faz muita falta sonhar com uma utopia, pensar do possivel impossivel de duas pessoas se encontrarem e de uma certa forma voltar se se ver depois de tempos, depois que saimos do céu e cruelmemte separados tomamos rumos opostos.
Faz falta uma noite de chuva sem lua...e de esperar por uma vida.

Wednesday, February 01, 2006

CONTAGEM

Um, dois...tres...
Tempo cruel salvador da dor, remedio da magoa e do leve amor!
Quatro, cinco...seis...
Relogio velho fregues da minha raiva intensa por esperar voce!
Sete, oito...nove...
Meus dias vazios e frios, sem nada e sem amor, por favor conte meu tempo!
Dez...agora tudo é só variação de uma mesma ação, dias espelhados...mas quem é o reflexo?

NECTAR

Voce vem e me pega ja pronta para jogar fora, me distraio com suas brincadeiras sob meu corpo...e a brisa leve pede um lençol, minha recusa em te cobrir é como uma luta para ver o sol sendo cego.
Como palhaço que sou te faço rir, de mim e comigo, nada mais faz diferença em um mundo nosso e tão particular, uma lona pequena cobre uma cama e nesse circo morro e morro...minha luz é voce e meu nectar vem da sua boca.
Nessa noite recem chegada sou noivo da lua e cansado de gritar e uivar como cão sou atendido, brilha sobre mim a luz dos seu dentes refletidos, e cego de paixão me deixo levar por um rosto de colombina.
Pobre homem louco e fraco no que se diz da carne, pecador e vulgarmente sonhador caminho ate voce todos os dias, e nas ruas onde piso deixo lagrimas e lembranças...se sou eu ou fui um dia morrendo me descubro de novo, e morro e morro por voce.
Vem um passaro na janela fechada querendo entrar, mas tenho ciúmes de voce e não vou abrir...sou ciúmes e faço disso minha arma, quem canta pra ti sou eu e quem voa ate voce sou eu!
Sua boca vem meu nectar, meu veneno diario de luxuria e desejo...puro e magico, desliza pela minha lingua amargando a garganta de tão doce...deixa-me louco como absinto, perdido no seu corpo liso...minha mulhar perfeita!

Sunday, January 29, 2006

O SILENCIO

Deitado sobre um chão frio de um quarto qualquer penso em você, e o escuro da alma não é tão escuro quanto o vazio de estar só. Posso voar por lugares estranhos para todos, mas para mim ésó um caminho, curvas e curvas fazem seu corpo meu, e através de um toque posso sentir calor, através de uma frase errada posso sentir frio.
Nada é tão sincero como uma lagrima, mesmo que seja falsa torna-se verdadeira em algum ponto, no exato momento em que salta dos olhos como um filho rebelde que foge de casa. E a paisagem louca de uma janela embaçada pela garoa fina de São Paulo desenha sua face sorrindo frente ao esquecimento...Surrealismo, pintura em oleo prometida que nunca chegou a minha parede.
Musica em um velho radio, uma nota triste de um saxofone e uma gaita, dançam no nada e espelha minha espera...
Nossa distancia tão segura tornou-se cruel como um telefone que nunca toca, outrora me alegrava com uma melodia simples seguida da sua voz, mas agora é silencio e carta que nunca foi escrita. Mas é silencio e silencio me faz paz...é silencio e silencio me deixa sem dormir, contradiçoes de um ser barulhento como batidadas de coração que teima em bater pra voce...
Mas agora no peito é só silencio...e silencio me deixa sem dormir por dias e vidas.

Tuesday, January 03, 2006

GARRAFA VAZIA

Onde estou, como caminho lentamente e sem rua certa...meus olhos embaçados, mãos trêmulas, cara de bobo, voz embargada...
Nosssa como a noite voa, quem me deu esse destino...será que foi minha escolha ou me trancaram aqui para os lobos me cercarem mais rapidamente?
Ontem eu estava tão bem, sorrindo...sorriso falso mas sorriso facil,via todos felizes e cantando...gritos, gemidos e juras...nossa que loucura!
A janela da minha alma estava aberta e ela entrou, devagar e sem pressão...procurou um ponto fraco e se alojou, me dizia coisas belas, tinha voz suave e gosto bom, era perfeita para noite, perfeita para mim.
De todos os meus pecados tenho culpa, mas deste talvez tenha mais...vicio, fraqueza e carencia. Meus caminhos se desviaram e estava tonto...no meio da festa ela estava vazia, vazia como minha mente...vazia como minha vida, vazia como meus dias...eu precisava de mais, mais...muito mais.
Mas tudo que me resta é uma roupa velha, uma carteira sem notas e uma garrafa vazia...nem uma gota da minha soluçao, minha triste soluçao...pena de mim? Sim, com tantas escolhas erradas só isso me resta agora, desprezei familia, emprego...e filhos...sim, filhos...o mais velho ate gosta de mim, mesmo eu não tenha feito por onde.
Minha mulher, guerreira e bela tem agora nojo de mim, como pude ser tão cego tolo de desperdiçar um amor verdadeiro, desgastar, maltratar, bater na face de um anjo!
Estou agora em um carro, meu filho ao meu lado me olha com olhar de despedida, pena que não possa falar...doi muito, estou tão fraco vou morrer. O carro esta rapido e faz com que meu corpo quase se quebre, mas é necessario...afinal não posso morrer no carro, mas já estamos chegando...
Estou em uma cama, muitos ao meu lado gemem, familias com seu problemas e sua tristezas...é um hospital posso perceber, meu corpo de novo, que dor...meu filho esta aqui isso é bom, mas esta tão longe, ele esconde a tristeza e tenta ser forte, mas o que será que eu fiz de bom pra ele estar aqui ao meu lado? Minha mulher tambem esta, me acolheu em sua casa depois de tudo que eu fiz, meu vicio...minha garrafa vazia...eu quero viver pra concertar, mas a vida é justa, de um modo sirvo de exemplo de como tudo não pode ser, que bom ensino meu filho com minha morte...liçoes..ame, seja amado e naõ desista, fuja de tudo que é ruim fuja das ilusões de bares, essa ilusão que me trouxe ate aqui, seja voce mesmo e não o que a bebida o torna...fuja filho..corre!!
Falta- me o ar...acho que é agora, onde esta meu filho acho que ja foi embora...estou indo...esta doendo...doendo mais minha alma que meu cancer, é foi isso que disseram...é uma pena ter esvaziado tantas garrafas...é uma pena ter secado tantos copos e não secado tantas lagrimas, pena mesmo...desculpa.
Parou de doer...

Sunday, January 01, 2006

A LUZ CEGA OS OLHOS DO PIERROT

Onde está minha unica lagrima? A pouco estava aqui no meu rosto vi descer pelo meu peito e de repente correu de mim...
Que graça tem o pierrot? Não é palhaço e nem ter circo, usa a lona pra se cobrir no frio e o publico para pedir pena.
Que sentido tenho? Cego e triste sem colombina, amigo arlequim me leva a flor que plantei e aguei durante tempos.
Arlequim sou eu? Sem ceteza digo sim, mas se sou entao eu mesmo me causo problemas...
Vou pular, estou tão cego que posso errar o picardeiro...deixa eu ir....deixa eu ir!
Melhor um pierrot morto, posso ser só arlequim.

MEUS SONHOS, MINHAS MENTIRAS...

Meus sonhos são pedaços de desejos que nunca vão se realizar, são mentiras e promessas feitas no momento do tesão, são pecados pagos com sorrisos e juras de amor, beijos ardentes e corpos suados...são meus!
Se me pego a pensar em ti acordo, porque isso não é sonho, é desejo...e desejo não é bom...é pesadelo de verão...quente...insonia...dormir acordado.
Minto, sou mal...não presto, não sou eu...já fui um dia eu, mas hoje esqueci quem eu era...sou um rascunho de sinceridade. Preencho meus dias com cançoes, acordes no papel, finjo estar tudo bem mas o espelho me mostra a verdade, olheiras e abatimento, causa do esquecimento, purifico minha alma com um poema de amor, mas que poema é poema se não exise poesia sem amor...tenho amor, mas não tenho amada, minha amada não sabe o que é amor, e meu amor morre por ela mesmo sendo jogado no lixo... no meio de tantas contradições termino dizendo...morro por amor, mas como posso morrer duas vezes?

ESPERA

De novo sentado frente a um nada...esperando..esperando, os segundos passam lentamente e não consigo me livrar do tédio!
Nem o barulho da chuva na janela me encanta mais, nem mesmo aquela cançao que antes me tocava tanto, agora são só notas ao acaso e palavras vagas sem destino.Tudo parece tão inutil, minha vida esta tão vazia e sem graça...parada no tempo...parada em um sentimento que não passa apesar de tanta luta.
Estou cançado, fraco e sem esperanças, meu farol se apagou e só me resta uma vela, sou uma rosa pisada e sem espinhos e quem pisou nem sentiu dor ou pena, sou um escravo que não luta mais por liberdade, sou um carro sem freio, e uma estrada sem placas.
Fica tão frio meu quarto, fecho as portas mas o vento continua entrando, como se estivesse pouco a pouco me consumindo...frio...frio...meu corpo nú e trêmulo pede piedade, essa dor teima...teima!!
Neste transe me perco sem lutar, em lembranças, em sorrisos e juras de amor....estou só, meus amigos, espantei com minha arrogancia...
Agora só me resta dormir e esperar, tentar abrir os olhos de manhã e não ser eu, mas será que vale a pena, se ficassem fechados talvez teria paz, ou seria amado!
Onde está ela que não esta aqui comigo?
Vou indo...o frio ficou muito pior.