Sunday, January 29, 2006

O SILENCIO

Deitado sobre um chão frio de um quarto qualquer penso em você, e o escuro da alma não é tão escuro quanto o vazio de estar só. Posso voar por lugares estranhos para todos, mas para mim ésó um caminho, curvas e curvas fazem seu corpo meu, e através de um toque posso sentir calor, através de uma frase errada posso sentir frio.
Nada é tão sincero como uma lagrima, mesmo que seja falsa torna-se verdadeira em algum ponto, no exato momento em que salta dos olhos como um filho rebelde que foge de casa. E a paisagem louca de uma janela embaçada pela garoa fina de São Paulo desenha sua face sorrindo frente ao esquecimento...Surrealismo, pintura em oleo prometida que nunca chegou a minha parede.
Musica em um velho radio, uma nota triste de um saxofone e uma gaita, dançam no nada e espelha minha espera...
Nossa distancia tão segura tornou-se cruel como um telefone que nunca toca, outrora me alegrava com uma melodia simples seguida da sua voz, mas agora é silencio e carta que nunca foi escrita. Mas é silencio e silencio me faz paz...é silencio e silencio me deixa sem dormir, contradiçoes de um ser barulhento como batidadas de coração que teima em bater pra voce...
Mas agora no peito é só silencio...e silencio me deixa sem dormir por dias e vidas.

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